O Corinthians concluiu sua participação na fase de grupos do Campeonato Paulista neste domingo, 23, com um empate em 2 a 2 contra o Guarani, na Neo Química Arena.

O empate, que garantiu a classificação para a próxima fase, também evidenciou um dos principais pontos negativos da equipe neste início de temporada: a fragilidade defensiva.

A equipe, que sofreu gols mais uma vez, acumula números preocupantes quando comparados com outras temporadas do clube no século XXI, o que acende um alerta para a comissão técnica e jogadores.

A Preocupação com os Gols Sofridos

Até o momento, o Corinthians jogou 13 partidas em 2025, e em apenas três delas conseguiu manter a sua meta invicta. Em outras 10 ocasiões, o time foi vazado, permitindo 14 gols aos adversários.

Esses números estão bem abaixo da média de temporadas anteriores e colocam o time em uma posição incômoda em relação ao seu desempenho defensivo nas últimas décadas.

A análise dos números defensivos do Corinthians, feita pela Central do Timão, revela que a defesa do clube está entre as mais frágeis do século XXI nos primeiros 13 jogos de cada temporada. Em relação ao número de partidas em que não sofreu gols, a temporada de 2025 é a quarta pior na história do clube.

Empatado com os anos de 2020, 2019, 2014, 2003 e 2002, o time foi vazado em 10 dos primeiros 13 jogos disputados. Esse desempenho só foi pior em três anos: 2007, 2006 e 2001, quando o Corinthians foi vazado em 11, 11 e 12 partidas, respectivamente.

Ao comparar a quantidade de gols sofridos, o desempenho do Corinthians em 2025 não é tão alarmante, mas ainda assim é preocupante. Os 14 gols sofridos até o momento colocam a temporada como a sétima pior em relação aos números defensivos, empatado com os anos de 2024, 2019 e 2006.

As seis temporadas em que a defesa sofreu mais gols que em 2025 foram 2014 (19 gols), 2007 (20 gols), 2004 (15 gols), 2003 (16 gols), 2002 (15 gols) e 2001 (24 gols).

Embora o time não tenha ultrapassado a marca de 15 gols sofridos até agora, a quantidade ainda é um reflexo de um problema defensivo que precisa ser corrigido, especialmente se o Corinthians almeja ser competitivo em competições mais exigentes ao longo da temporada.

Uma possível explicação para essa fragilidade defensiva pode estar no sistema de jogo adotado por Vítor Pereira, que busca um time mais ofensivo e agressivo, mas que, por vezes, deixa espaços na defesa.

Além disso, algumas mudanças no elenco e ajustes táticos ainda não foram totalmente assimilados pelos jogadores. A defesa, que conta com peças experientes, como Fábio Santos e Gil, ainda parece não encontrar a consistência necessária para evitar as falhas que têm ocorrido.

Outro fator que pesa sobre o desempenho defensivo do time é a pressão sobre os goleiros, que, apesar de realizarem boas defesas, não têm conseguido evitar a queda de rendimento da defesa como um todo.

Além disso, o alto número de gols sofridos sugere que os laterais e os volantes podem estar falhando na proteção à zaga, dando mais liberdade aos adversários para criar chances de gol.

Embora o Corinthians tenha mostrado força ofensiva em algumas partidas e se mantenha competitivo no Campeonato Paulista, o aspecto defensivo precisa ser urgentemente ajustado.

A defesa, que já teve grandes momentos em temporadas passadas, parece estar em um ciclo de oscilação, e mudanças no posicionamento e na postura de alguns jogadores são necessárias.

A comissão técnica tem, portanto, a missão de melhorar o sistema defensivo, corrigindo as falhas de marcação e ajustando o posicionamento da linha de defesa. Além disso, é preciso que o time como um todo se mostre mais comprometido com a recomposição defensiva, evitando que os adversários criem tantas oportunidades de gol.

Embora o Corinthians tenha conquistado bons resultados até aqui e esteja na disputa por mais um título do Campeonato Paulista, a defesa tem se mostrado uma preocupação constante.

Com os números defensivos mais fracos nos últimos anos, o time precisa ajustar seu sistema para não repetir os erros do passado e garantir uma performance mais sólida nas competições que virão. Para isso, será essencial que os jogadores se adaptem rapidamente às necessidades do jogo e que o técnico Vítor Pereira busque alternativas para fortalecer o setor defensivo.


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